sexta-feira, 26 de março de 2010

Anúncio mais parvo!

Sou só eu que acha que este anúncio é a coisa mais parva que alguma vez se fez em publicidade? LOL

quarta-feira, 24 de março de 2010

Ainda a chuva...

A Primavera já chegou e o sol voltou a ir embora. Se a sabedoria popular estiver certa, "em Abril, águas mil"... Eu era capaz de dizer que isto assim já começa a ser uma seca, mas parece-me que esta expressão fica completamente descontextualizada.

quinta-feira, 18 de março de 2010

A morte

Este post pode ser bastante aterrorizador (e talvez polémico), ou não fosse ele sobre a morte. Podem estar sossegados, eu não estou com tendências suicidas nem com uma valente depressão. Apenas me apetece falar sobre esta... fatalidade!

A morte marca o fim absoluto de uma qualquer etapa. No caso que mais nos interessa, marca o final da nossa (sempre curta) existência. Embora haja quem considere que existe vida para além da morte e que a vida representa apenas uma etapa entre uma dimensão e outra, ainda nada foi provado. Ainda não há provas de que, depois de morrermos, passamos a existir doutra forma. É legítimo, por isso, pensar-se que a nossa morte significa a nossa partida definitiva e que nunca mais voltaremos a existir como um qualquer ser (seja a nível físico ou a nível espiritual). Confesso que isto me deixa aterrorizado. Nunca mais voltar a viver deixa-me completamente em pânico. Estas duas palavras ("nunca mais") representam tanto tempo que é impossível sequer imaginá-lo! Aliás, para o ser humano, o infinito é como que uma utopia. É um número impossível de atingir ou até de imaginar. Custa aceitar que, depois de morrermos, vamos ficar mortos por tempo infinito, ou ainda, vamos ficar mortos para sempre!!! À semelhança do "nunca mais", também o "para sempre" tem um tamanho tão grande que não conseguimos imaginá-lo. O conceito de infinito, por não ter uma dimensão imaginável, gera tanta controvérsia que é preferível arranjar qualquer desculpa que contorne esta nossa incapacidade do que tentar materializá-lo. É por causa desta incapacidade que o ser humano tem em imaginar o infinito (e, consequentemente, estar morto para sempre), que surgiram as religiões e crenças em entidades superiores (deuses), na vida para além da morte, etc. O ser humano não aceita que a sua morte seja o seu fim definitivo. Claro que, depois de morrermos, perdemos toda a consciência. Não sabemos que estamos mortos, não sentimos absolutamente nada, simplesmente deixamos de existir! Não é aterrorizador? Ai não que não é! Daí que é preferível acreditarmos que Deus existe e que, quando morrermos, vamos para o Céu.

Mesmo que não se arranjem desculpas que contornem o inexplicável, o infinito continua a ser extremamente desconcertante para o ser humano. Peguemos no Universo. Segundo a teoria actual, também o Universo é infinito. Isto obriga a colocar sucessivas questões, todas elas sem resposta satisfatória. Como é que uma coisa pode ser de tal forma grande que nunca acabe? Será que o universo não tem mesmo limites? Como é isso possível? E se tiver limites, o que é que existe para além desse limite? Outro universo? Quantos universos existem para além deste? Se no início de tudo (quando se deu o Big Bang) o Universo era bem mais pequeno do que até agora, até quando ele vai continuar a expandir-se? Que tamanho tem o espaço que dantes não era ocupado por nada e agora está ocupado pelo Universo que entretanto se expandiu? E o que é que existia antes do Big Bang? Há quanto tempo é que isso existia? Se o Universo tiver mesmo limite, para lá desse limite não existe nada? Como é que isso é possível? O limite do universo é como uma parede? Se não existe nada para além dessa parede, qual é a espessura dessa parede? Será que atrás dessa parede fica o Céu?

Como já alguém disse, o único ser vivo que tem consciência da sua morte, é também o único ser vivo que ri. Não é irónico?

terça-feira, 9 de março de 2010

Campanhas de solidariedade

Nos últimos tempos, o mundo tem sido assolado por algumas catástrofes naturais. Foi o terramoto no Haiti, a tempestada na Madeira e, mais recentemente, outro terramoto, desta vez no Chile. Naturalmente, perante estas catástrofes, surgem ondas de solidariedade para com as vítimas destes acontecimentos. No entanto, estas campanhas de soliedariedade não são feitas da melhor forma. Na esmagadora maioria dos casos, as campanhas resumem-se, basicamente, à angariação de dinheiro que é enviado para instituições que se encarregam de fazê-lo chegar ao destino, com vista à reconstrução de casas e edifícios destruídos. Obviamente, a angariação de dinheiro é importante. Mas, como é costume dizer-se, o dinheiro não é tudo!

O Haiti é um dos países mais pobres do mundo. Se o Haiti e os haitianos já tinham enormes dificuldades, depois disto as dificuldades serão ainda maiores e, por isso, toda a ajuda é bem vinda. Se o dinheiro é importante para a reconstrução dos edifícios, há outras coisas que o dinheiro não resolve. Para além de uma reconstrução, o Haiti precisa, também, de uma reestruturação. Esta reestruturação, muito provavelmente, não irá acontecer. Antes deste terramoto, ninguém falava do Haiti nem havia a preocupação com as dificuldades dos haitianos. Foi preciso acontecer esta catástrofe para que o Haiti fosse alvo de atenção. Infelizmente, esta onda de solidariedade vai passar muito antes de tudo estar feito. Muito antes de tudo estar reconstruido, o Haiti e os haitianos vão ser novamente esquecidos e deixados à sua sorte. Embora a reconstrução seja difícil, ela é possível e há ajudas para isso com o dinheiro que é angariado nas campanhas de solidariedade. O mesmo já não acontece socialmente. As dificuldades sociais não se resolvem unicamente com dinheiro. Numa situação como a que o Haiti vive, há muito mais em jogo do que somente o dinheiro e isso vai ficar de fora de qualquer campanha de solidariedade, ou seja, o Haiti, depois disto, irá continuar a ser um dos países mais pobres do mundo e nada será feito para inverter essa situação.

No caso da Madeira, as coisas já são um pouco diferentes. Embora a Madeira também tenha sido vítima de uma catástrofe natural, as condições são completamente diferentes das do Haiti. Se o Haiti é um país pobre que vive com enormes dificuldades, já com a Madeira isso não acontece. Se uma parte dos estragos provocados pelo terramoto no Haiti se deveu à fraca qualidade de construção (fruto da pobreza existente neste país), na Madeira parte desses estragos foi provocada pelo incumprimento do ordenamento do território. Quando alguém fala nisto, é-se logo apelidado de insensível por falar neste assunto numa altura destas. A verdade é que há já algum tempo que têm sido feitos alertas e avisos para a possibilidade de uma situação destas poder acontecer. No entanto, estes avisos têm sido constantemente ignorados e continua-se a construir em leitos de cheias! Não quer dizer que não se construindo em leitos de cheias, as cheias não aconteçam. No entanto, há riscos que podiam ser minimizados e não são, por simples incúria dos responsáveis. Assim só por curiosidade, vejam só o que foi dito no programa Biosfera, exibido na RTP 2 em Abril de 2008 (quase dois anos antes de terem ocorrido estas cheias na Madeira).



Obviamente que, perante uma situação destas (catástrofes), as campanhas de solidariedade devem existir. Se no Haiti a recuperação não reside apenas na reconstrução dos edifícios, mas também numa reestruturação social, na Madeira a recuperação é mais fácil. Mas nem por isso deve deixar de ser alvo de apoio por parte de todos nós. Nunca sabemos quando somos nós a precisar de ajuda.

sábado, 6 de março de 2010

Dúvida...

Até onde pode ir o direito à liberdade de expressão (aliada à liberdade de imprensa) sem que se viole o direito à privacidade?